Viver de aluguel ou financiar um imóvel? Uma pergunta bastante complexa principalmente em 2022, isso porque para conter a alta da inflação o governo decidiu aumentar a taxa de juros. Isso não é exclusividade do Brasil, neste momento de pandemia, crises e guerras (7/03/2022).
Mas, como todo mundo sabe, o Brasil é um dos países com a maior taxa de juros do mundo, por aqui arranca o coro do cidadão sem dó e nem piedade.
Antes de financiar um imóvel ou viver de aluguel, é preciso pensar muito bem, não agir na emoção e muito menos pressão externa de familiares e amigos.
Entender a sua atual situação, se este é o momento de adquirir um imóvel, se este imóvel servirá provisoriamente ou permanente, se é o dos seus sonhos, ou não, se é neste bairro, deste tamanho, com esta aparência, se terá que gastar em planejados e muitas outras coisas.
Então você identificou o imóvel, está no seu momento de adquirir e tudo ok com sua documentação, renda, você gostou e quer comprar. Ótimo!
A segunda etapa você terá que financiar por algum banco (em 30 anos?) e é aí que começa o jogo. Se você já tem algum relacionamento com o banco, pode ser que consiga algumas migalhas de desconto na taxa de juros, caso contrário, vai pagar a taxa de balcão mesmo.
Existem algumas modalidades de taxa de juros que são atreladas a juros de poupança + Selic. Nesta modalidade, em tese (pelo menos até 2020), você normalmente a encontraria na casa dos 6.5% a 7.5% ao ano. Já atualmente você encontra na casa dos 10%.
Essa taxa de juros era até mais atrativa, porém, em financiamentos longos, com trocas de governos, crises, guerras, pandemias e tantas outras situações, você fica muito exposto ao risco.
Esse risco é de o valor da parcela aumentar de tal forma que você não consiga pagar, podendo até perder o imóvel.
Dicas para financiar um imóvel em 2022
Ao financiar um imóvel, fique atento a estas dicas que podem te ajudar muito durante o período em que estiver pagando.
DICA 01: LEU O CONTRATO ANTES DE ASSINAR? TEM QUE FAZER ANTES DE ASSINAR VIU!?
Bancos não jogam para perder em hipótese alguma. Lembra de “arrancar o coro” que foi dito acima neh? Isso mesmo!
Leia o contrato, pesquisa no Youtube, Google por pessoas que financiaram neste banco que você está indo. O que houve com elas, olhe no ReclameAqui sobre reclamações e críticas.
Não vá de olhos fechados para uma dívida de 30 anos, peça ajuda se possível a um advogado e pesquise!
DICA 02: VALOR PRESENTE
O poder do valor presente. Isso mesmo, existe uma forma interessante de pagar a parcela e amortizar o saldo devedor que reduz drasticamente o prazo a pagar.
Suponhamos que está sobrando da sua renda o valor de 300 reais por mês (isso mesmo, pouquinho mas ajuda muito).
Pelo próprio aplicativo do banco que financiou tem essa opção de amortizar o saldo (pelo menos a maioria dos bancos tem).
Seguindo uma hipótese de que a parcela do seu financiamento seja R$ 2.000,00. E você resolve amortizar do saldo devedor R$ 300,00. Esse pequeno valor amortizado as vezes representa 2 parcelas do prazo do financiamento.
E se você tiver condição de amortizar ainda mais, melhor ainda.
DICA 03: PARCELA EQUIVALENTE A 20% DA SUA RENDA
Como dito anteriormente, em um financiamento longo você ficará exposto a muitas situações externas, ou até mesmo a um desemprego ou a um problema de saúde.
É importante que este valor de financiamento não ultrapasse 20% da sua renda, isso fará com que você tenha segurança financeira.
Outra dica importantíssima ainda dentro deste tema é ter sempre um fundo de reserva de emergência que supra seu custo fixo por no mínimo 6 meses, porém, o ideal é um ano.
DICA 04: TAXA DE JUROS E BANCOS
Uma das principais modalidades escolhidas para o cálculo é a TR (Taxa Referencial) calculada pelo Banco Central que neste momento está em 0%, também responsável pela Selic.
A CEF é um dos bancos mais escolhidos para financiamento de imóvel no Brasil e eles possuem 4 diferentes possibilidades: Poupança, Fixo, TR e IPCA.
Já o Bradesco e Itaú possuem a TR acrescida da taxa de juros e uma segunda modalidade que é a taxa de juros prefixada anual acrescida da remuneração atual da poupança (que muda conforme a Selic).
Financiar um imóvel ou morar de aluguel?
Já está estabilizado financeiramente? Possui segurança financeira com um bom fundo de reserva de emergência? Se for financiar o imóvel ficará descapitalizado? Tem uma boa entrada?
Cresce o número de pessoas que preferem morar de aluguel ao invés de comprar um imóvel, sobretudo financiado.
Muitas pessoas até tem o valor para comprar o imóvel à vista, porém, preferem aplicar o recurso, fazendo com que, no mínimo, renda o valor do aluguel que eles pagam. Isso faz com que não fiquem descapitalizados e, surgindo uma oportunidade de investimento, a qualquer momento podem sacar o dinheiro e investir.